sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Beijo - nankin sobre papel
Jardel Castro
Para Inez

E nessa hora inesperada, procuro o chão entre falanges. Algo de inesgotável nesse mundo que passa. Algo de inesquecível, distante daquela caixa. Uma voz ou um sorriso inestimável. Coisas do destino inexato. Inexcrupulosa hora que te arranca e te joga dentro do inexplicável. Nas cinzas de um amanhã inexplorável. Eu vago inexpressiva nessa inexistência. Inez é morta.


Arianne Pirajá
Perfis - técnica mista; 94 x 63,5cm; 2008
Vitor Sampaio
não me mate com esse trote pois estou sonhando...

A ancora cora carcomida do salitre das águas do mar magma seco petrificando pegadas sob a aura do sol trópico ao léu dos ventos barcos velejam derivados de cais de porto. Prostrado eu no por do sol como num postal amanheço o dia como se fosse deus hora possível rimável como orlas e agoras, mas mesmo sem fim ficarei antes de acabar no meio termo das coisas banais. Adormeço afagado pelos toques dos fagotes e acordo ameaçado pelo incomodo dos trotes passados nas madrugadas bêbadas da cabeça idiota da cidade grande...Ex-plodo!


Fagão

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